Tarot~~Espelho da Alma~~

ESPELHO DA ALMA*LINGUAGEM DA LUZ

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


Tarot


Nesta tarefa é o Eremita que entra em acção. Mais uma vez o herói vai ajudar alguém, mas desta vez não é o Hierofante que sai à rua mas sim o Eremita. m novo caminho começa a ser a trilhado e o herói já não precisa de ter seguidores, ele sabe agora que a única presença que precisa é a sua voz interior. O Eremita é um Arcano muito interessante, ele é o ser triunfante das lutas no lodo, ele é o lado introspectivo do Louco.

A sua Sabedoria é evidente, ele sabe quando esperar e quando actuar. Sabe a Força que tem e acima de tudo já se conhece a si próprio. Note-se que o lodo foi substituído por pântanos, as águas começam a ser domadas. O Eremita nesta tarefa vai encontrar o Juízo Final para o ajudar a concretizar a sua missão. O Juízo Final é uma energia de despertar, é um som anunciador de novidades, é a voz de um Anjo que chama por nós. É a derradeira prova, a morte acontece para que depois das outras provas se possa renascer na liberdade total do Ser.

O herói ouve o chamado e já não tem medo, reconhece que a sua vida é uma missão constante e que em cada virar da esquina há aprendizagens a fazer. Ele é o condutor do seu carro, mas também ele é guiado por uma voz superior.

«O Eremita vive sozinho, mas nunca em solidão. Ele ouve as vozes do Mundo e sabe onde é o seu lugar»

Celebração do Dia

24 DE DEZEMBRO
“Modresnacht”, a Noite da Mãe, antiga festa anglo-saxã e alemã dedicada à Grande Mãe Nerthus ou Frau Gode. Muitas das tradições deste festival sobreviveram e foram adaptadas às celebrações do atual Natal. Em lugar de fogueiras festejando o nascimento da Criança Divina, passaram a ser usadas tochas, depois velas inscritas com símbolos rúnicos. As árvores sagradas, reverenciadas como símbolos da Árvore do Mundo, foram substituídas pelo pinheiro decorado com bolas (representação dos planetas) e o Anjo no topo (em vez da imagem da Deusa). Nerthus era conhecida como “A Mãe da Terra do Norte” e simbolizava a fertilidade, a paz e a harmonia familiar.
Neste dia, os povos antigos ofertavam presentes para as Divindades agradecendo as dádivas recebidas ao longo do ano. Atualmente as pessoas presenteiam-se entre si, a celebração tendo perdido seu significado sagrado para tornar-se uma reunião familiar e comercial.
Juventália, celebração romana em homenagem a Juventas, a deusa da juventude e equivalente à grega Hebe.
Na Finlândia, acende-se velas brancas nos túmulos dos ancestrais, pois acredita-se que os fantasmas falecidos voltam para suas casas nesta noite.
Uma antiga crença européia afirma que os pedidos de casamento feitos e aceitos nesta noite asseguram casamentos longos e amorosos.

domingo, 23 de dezembro de 2012


PERDÃO: UMA CONSCIÊNCIA AMOROSA

PERDÃO: UMA CONSCIÊNCIA AMOROSA


- Samuel Souza de Paula -

“Se você trata uma pessoa como ela parece ser, você a torna pior do que é. Mas se você trata uma pessoa como o que ela pode ser, você a transforma naquilo que ela deveria ser.” - Goethe



Lembrando destas sábias e criativas palavras, pensava com carinho numa porção de pessoas que tinham entrado em contato comigo no decorrer da semana. Muitos haviam esvaziado suas lamentações e dores, na inquietação, consciente ou inconsciente, em responsabilizar e culpar outras pessoas pelas injúrias em suas vidas. Refletindo sobre estes fatos e olhando por outros ângulos, comecei a pensar nelas como sendo além do que aparentavam ser.

Vi-as além das dores que me mostravam, dos rancores que teimavam expor, e uma palavra surgiu como um mantra cheio de energia: “Perdão!”. Trazendo um sentido tão forte e inevitavelmente grandioso em meu peito, só pude traduzir como sendo pura compaixão... Como se uma nova luz surgisse além de tudo o que eu havia dito a eles e, reconhecendo isso, voltei minha atenção para mim e às minhas atitudes relacionadas ao perdão. Repassando os fatos, pude notar que, às vezes, perdoar foi fácil; outras vezes, o perdão foi uma escolha muito ousada. Mas, seja lá o tipo de escolha que eu tenha feito, esta ação sempre me levou a um coração em paz, sempre me deixou mais feliz e livre para me mover adiante.

Agora, quando digito estes escritos e olho diretamente nos olhos da menina Esther, de apenas quatro anos de idade, perguntando-me inocentemente: “Você é feliz?”, profundamente tocado, soltei um suspiro reconhecendo uma verdade interna: “Sim!”. Um sorriso parecia guiar nosso diálogo infantil. “Ah, eu sabia... Você dorme feliz igual a mim!” – disse ela toda contente, e me deu um desenho seu: era a nuvem que dorme feliz. Lembro-me agora da frase “tudo passa”, olhando o desenho da nuvem que passa dormindo feliz, que se dissolve no céu.

Uma ternura contínua se apossou da minha consciência; pude ver além das ilusões de meus olhos, apenas crianças: uma brincando de escrever e a outra de desenhar. E é tão bom brincar, é tão simples... Mas temos uma mente que ambiciona pensamentos e, então, num agrado, tento juntar a criança do agora com o ancião do amanhã – com carinho e perdão. Notando que, quando você sente que uma pessoa vê o próprio âmago do seu valor como ser humano, você não pode deixar de se sentir valioso. E o perdão é um sentido amplo do mais alto valor. Vamos refletir nestas linhas e levá-las para nossas vidas, escrevendo alegrias, amores e compaixão.

Você nem sempre tem o poder de mudar as circunstâncias, mas pode, no entanto, mudar sua maneira de reagir a elas. O teólogo e filósofo Paul Tilich escreveu: “O perdão é uma resposta, a resposta divina implícita na nossa existência” – é um deixar fluir inocente. “O perdão é o modo de tomar o que está quebrado e torná-lo inteiro. Ele toma os nossos corações partidos e os conserta, toma nossos corações aprisionados e os liberta; toma nossos corações maculados pela culpa e pela vergonha e os devolve à pureza original. O perdão devolve aos nossos corações a inocência que possuíamos – uma inocência que nos liberta para amar” – afirmou Robin Casarjian, em seu Livro do Perdão.

Perdoar não quer dizer reconhecer simplesmente que a outra pessoa está certa ou que está errada. Ensina, ao invés disso, que existe uma outra maneira de olhar para o mundo. É muito útil se perguntar: “Quero ter razão ou quero ser feliz?” E já te adianto que, às vezes, você não consegue as duas coisas ao mesmo tempo. Mas uma coisa é certa: nós somos responsáveis pelos nossos sentimentos.

Podemos, sim, ser chamados de co-criadores. Co-criadores de nossas próprias vidas. Está aí uma dádiva muitas vezes entregue em outras mãos: viver!

Existem muitas maneiras de se definir o perdão, que é muitas coisas. É uma decisão, uma atitude, um processo e um modo de vida. É algo que nós oferecemos aos outros e, às vezes, algo que aceitamos. Perdoar é uma escolha de “ver a luz ao invés do abajur”, como escreveu o Dr. Gerald Jampolsky. O interessante é ver a luz que ilumina o íntimo de cada um.

Muitas vezes, as fronteiras entre o perdão e a fuga são subjetivas e você encontrará a verdade da questão sendo completamente honesto consigo mesmo. Veja qual é a verdade para os seus sentimentos mais profundos e escute o seu coração.

Há uma história que fala de um coelho e um leão. O leão proclamava-se o rei dos animais, mas o coelho tinha lá suas dúvidas e indagou o porquê disso. “Eu sou o rei dos animais” – disse o leão – “porque tenho poderes especiais”. O coelho pensou por um instante e concluiu: “Eu também tenho poderes especiais: sou pequeno, mas tenho o poder de entrar em tudo o que quero. Olhe minhas orelhas: veja como elas são pontudas” – e abanou a ponta das orelhas.

O leão olhou desconfiado. “Veja, vou te mostrar” – continuou o coelho e, de repente, saltou por cima do leão gritando: “Alto demais!”

O leão, espantado, voltou-se para ver onde o coelho tinha ido, mas, antes que pudesse compreender o que tinha acontecido, o coelho correu de volta por baixo dele e exclamou: “Baixo demais!”

Devagarinho, o coelho virou-se para olhar o leão de frente e abanou a ponta das orelhas. Então o leão começou a dizer: “Ah, agora eu consigo ver...” Mas, antes que pudesse dar um passo... o leão fugiu correndo.

Freqüentemente, escolhemos fugir de um problema em vez de encará-lo honestamente. Todavia, ao fazer esta escolha, privamo-nos da oportunidade de crescer e de aprofundar nosso auto-conhecimento. Uma das lições preciosas e simples, tão bem compartilhada no xamanismo, é seguir o caminho do coração, reconhecendo ser este o melhor caminho. Numa certa cultura africana, uma saudação é comumente feita com a palavra “Sawabona”. Este cumprimento significa literalmente: “Eu o vejo”.

Lembro-me também da saudação indiana “Namastê”, que significa “O Deus que está em mim saúda o Deus que está em você!” Ambas as práticas são chamadas pelo Dr. Gerald Jampolsky de sintonização “Pessoa-a-Pessoa”, que é quando você procura nos outros sinais de paz, gentileza e amor. Em outras palavras, ele explica que “nós procuramos a sua inocência e não a sua culpa. Nós os vemos com o nosso coração e não com noções preconcebidas”. E, como disse Goethe: “O que seria o mundo sem coração? Exatamente o mesmo que uma lanterna sem luz: Nada!”

O escritor e professor Hugh Prather diz que “O perdão não é algum ato fútil de florida auto-realização, mas sim o calmo reconhecimento de que, sob os nossos egos, somos todos exatamente iguais”.

Por favor, acompanhe o poema de Eva Pierrakos, descrito em seu livro “O Caminho da Autotransformação” falando do grande valor deste processo:

“Pelo caminho do sentimento da sua fraqueza está a sua força.
Pelo caminho do sentimento da sua dor está o seu prazer e alegria.
Pelo caminho do sentimento do seu medo está a sua segurança.
Pelo caminho do sentimento da sua solidão está a sua capacidade de realização, amor e companhia.
Pelo caminho do sentimento do seu desespero está a verdadeira e justificada esperança”.

Esta meditação remonta ao sentimento de amorosidade em sua vida, como Naomi Raiseller descreveu tão bem: “O amor não é mais e nem menos do que a expressão simples, honesta e natural da nossa totalidade, da nossa completa auto-aceitação. Mas, até podermos aceitar totalmente, sem julgamentos, tudo o que somos – nossos aparentes defeitos, assim como a nossa glória inata – o amor espera pacientemente por trás das frágeis ilusões do romance, ou então é confundido com um meio de troca e negociação, ou parece um vício e é vivido como uma necessidade constante.”

O perdão nos oferece a oportunidade de crescer e ir além dos arquétipos românticos limitados que fazem com que nos sintamos traídos e solitários. O perdão nos oferece maneiras de ser e de se relacionar que removem os obstáculos à presença do amor, carinho, amizade e devoção. Perdoar desperta uma disposição de trabalhar com tudo o que surge no relacionamento, porque nos capacita a nos relacionarmos com uma pessoa real e não com um ideal romântico.

Talvez você esteja cansado de perdoar: você não quer fazer isso de novo! Seja gentil consigo mesmo... Você tem o direito de estar cansado. Seja generoso consigo mesmo... Consiga apoio. Deixe que isso seja o certo, se for o que você sente neste momento. No entanto, saiba que continuar com raiva é muito mais exaustivo. Mesmo que o perdão tenha sido a coisa mais distante do seu pensamento, esteja disposto a abrir uma fresta para o perdão. E saiba que, a cada momento, você tem a oportunidade de escolher novamente o perdoar.

Olho novamente nos olhos da Esther me mostrando mais novidades artísticas e penso nas palavras de Pablo Casals sobre um questionamento abrangendo as crianças como elas são: “Quando irão ensinar às nossas crianças na escola o que elas realmente são? Nós devíamos dizer a cada uma delas: Você sabe quem você é? Você é uma maravilha! Você é única! No mundo inteiro não há ninguém como você. Em todos estes milhões de anos nunca houve uma criança como você. Olhe para o seu corpo: que maravilha! Suas pernas, seus braços, seus dedos hábeis, sua maneira de se mover! Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven. Você pode se tornar qualquer coisa. Sim, você é uma maravilha!!!” – comprovando as palavras do poeta Rabidranath Tagore, que afirmou: “Cada criança recém-nascida traz a mensagem de que Deus não perdeu sua confiança no homem.”

Concluímos que todos nós somos uma forma de Deus se manifestar...

Como disse Sanat Khum Maat: “Permita que as fibras do perdão possam se espalhar numa linda abertura do coração. E seja leal a seus valores espirituais! Sejam iniciados do Amor!” Realizando uma verdadeira alquimia amorosa, desenvolvendo um amor profundo.

Sim! Existem momentos em que perdôo a todos nós. E é preciosamente nestes momentos que eu sei que o que acontece no lado de fora é secundário, e o que acontece do lado de dentro, como pude reconhecer, “é o verdadeiro show”. Nestes momentos eu confio. Acredito que as coisas acontecem como devem acontecer, como precisam acontecer, para o meu desenvolvimento espiritual. Dentro desta compreensão, ninguém é culpado e ninguém precisa ser perdoado.

Paz, Luz e Amor!


PARE E PENSE


- Robin Casarjian -

Se você está guardando rancor e raiva em relação ao seu parceiro, pare e pense para saber se não está tendo nenhum ganho secundário.
Repare nas suas respostas às seguintes questões com uma consciência gentil, sem julgamentos:
Guardar rancores é uma maneira de provar que você está certo?
Continuar zangado é uma maneira de reforçar o fato de que o seu parceiro não merece ser amado?
Guardar rancor é uma maneira de controlar a situação?
Ou é uma maneira de manter uma ilusão de controle?
Guardar rancor é uma maneira de evitar a intimidade?
Ou é uma maneira de evitar sentimentos mais profundos de tristeza, desespero, dor, abandono e rejeição?
É uma maneira de ser ouvido?
É uma maneira de segurar ou de liberar?
É uma maneira de punir e de reagir?
É uma maneira de manter a posição de que o problema é do seu parceiro?
É uma maneira de manter a vida como ela é e evitar um grau de clareza que pode arriscar causar a mudança de que você tem medo?




 

Espaço Sagrado -  Respeito Carta 44



Grande Mistério, ensina-me a honrar

As leis do Espaço Sagrado

Os costumes e Tradições

De todos os credos e raças.

Grande Mistério, ensina-me a desenvolver

Os talentos que possuo

E a me comportar com respeito

Na casa dos outros.

                       Grande Mistério ensina a criança que há em mim                      

A aceitar com graça

A parte do Mistério Sagrado

Encontrado em todos os espaços.



“A idéia de Espaço Sagrado tem permeado e fundamentado a filosofia Nativa Americana através dos tempos. Nós respeitamos e honramos a Roda da Vida e os ciclos vitais de cada uma das tantas formas de vida manifestadas. Cada forma de vida, seja ela uma Pessoa-de-Pedra, uma Pessoa-Nuvem ou uma Pessoa-em-Pé tem o espaço que merece respeito.. Cada uma das Criaturas-Animais existentes possui o seu próprio território e respeita o território dos outros animais. Os Duas-Pernas também possuem o seu espaço pessoal, o qual, quando é respeitado assim como deve ser, transforma-se em um Espaço Sagrado.

(...) A natureza nos ensina a nos conhecermos da maneira mais pura possível. Se soubermos escutar e observar a natureza, perceberemos que todas as lições necessárias para o viver humano nos podem ser transmitidas pelos animais, pelas mudanças no ritmo do vento, pelo Pai Céu, pela Mãe Terra e por todos os nossos Parentes. Cada aspecto do nosso mundo manifestado possui seu espaço próprio para poder se desenvolver criativamente. Se este espaço for respeitado pelos outros, todos conseguirão viver juntos e crescer harmoniosamente.

(...)Na espécie humana o conceito de Espaço Sagrado vai além dos limites físicos, englobando também nossas habitações, pertences e sentimentos. Nós, os Duas-Pernas, podemos nos sentir invadidos se o nosso carro ou a nossa casa forem arrombados. É claro que também nos sentimos invadidos quando nossos corpos sofrem alguma violência, mas não há razão para nos sentirmos magoados se uma pessoa expressa idéias ou  opiniões diferentes das nossas. Quando uma outra pessoa expressa o seu Ponto de Vista, e o nosso conhecimento interno nos diz: ‘esta idéia não combina com os meus conhecimentos mais íntimos’, não existe a menor necessidade de começarmos a nos defender ou justificar.

(...) Como  os Duas-Pernas podem ser tão convencidos a ponto de acreditar que os humanos são os  únicos seres criados pelo Grande Mistério que possuem o seu Espaço Sagrado? Será possível que Heyokah, o Trickster, parte do Grande Mistério, tenha pregado uma peça cósmica em todo  o mundo? Por que será que somente os Duas-Pernas não entendem e respeitam o Espaço Sagrado? Será que todos os outros seres que vivem aqui – plantas, animais, pedras e nuvens – só foram criados para nos servir de guardiães até que despertemos? Às vezes parece que sim. Se conseguíssemos rir da peça sem chorar, conseguiríamos fazer alguns progressos no que se refere ao amor-próprio e ao respeito pelos outros.

(...)Cada centímetro de nossa Mãe Terra é o lar de alguma forma de vida. Sempre que saímos do nosso próprio espaço tornamo-nos hóspedes de algum espaço alheio. Compartilhamos o ar, a comida, o solo, a água e a luz do  sol com todos os seres vivos. Só temos uma Mãe Terra e é por sua Graça que recebemos a guarda dos nossos Espaços Sagrados sobre a Terra. Precisamos limpar primeiro os nossos Espaços Sagrados pessoais para aprendermos a ter respeito pelos outros. O Momento é AGORA e o poder reside em compreender que todos os seres e todas as coisas existentes possuem o mesmo direito à vida.”



APLICAÇÃO:

a carta do Espaço do Caminho Sagrado sublinha o respeito que devemos ter pelos bens, as idéias, os lares e as personalidades dos  outros. Isto se aplica ao respeito que devemos ter pelo nosso próprio ser interno. Demarque claramente o seu território. Respeite a você mesmo, para que os outros possam sentir o reflexo deste respeito em si próprios e para que tenham mais respeito ao lidar com você. Aprenda a dizer não!

O Espaço Sagrado significa que você considera o seu corpo, os seus sentimentos e suas posses como objetos sagrados, e que não permitirá que outras pessoas abusem e se aproveitem deles. Só convide a entrar no seu Espaço Sagrado aquelas pessoas que demonstram merecer esse direito e que se esforçam por respeitá-lo. Você é quem determina como as outras pessoas devem tratá-lo, pela maneira como trata a você mesmo.

Em todos os casos o respeito que você demonstra ter por você mesmo e por todas as formas de vida determina a sua maneira de se relacionar com toda a extensa família Planetária. Se permitir que os outros sejam destrutivos, de alguma maneira, dentro do seu próprio Espaço Sagrado, você está preocupado demais em se sentir querido. O importante não é que os outros gostem de você, mas sim que você se sinta capaz de conviver harmonicamente com você mesmo. A felicidade não começa do lado de fora. Ela brota de dentro.


Cartas do Caminho Sagrado

O propósito das cartas consiste em indicar-lhe os passos de sua própria evolução espiritual, de uma forma que lhe permita chegar às suas verdades essenciais. Assim, se você se dispuser a aplicar as lições individuais à sua situação de vida, conseguirá obter algumas respostas específicas que ajudarão a iluminar o seu presente caminho.
Estes símbolos de cura oferecem uma abertura para todos aqueles que buscam Caminhar em Beleza com todos os seus parentes (Criaturas Animais, Povo de Pedra, Povo-em-Pé-árvores), assim como à Nação do Céu, à Mãe Terra, e os quatro Espíritos Principais – Os Espíritos do Ar, da Terra, do Fogo, e da Água.
Estas cartas são instrumentos úteis para abrir uma porta para uma nova forma de pensar, uma nova forma de viver e uma nova forma de ser. Cada um poderá expressar o seu aprendizado de maneira diferente, que representará o seu potencial de criatividade.
As cartas do Caminho Sagrado são auto-orientadas para que cada indivíduo possa refletir melhor sobre os papéis, talentos e capacidades que lhe permitam desenvolver a auto-confiança nesta Caminhada sobre a Terra
Festival Gerânio

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O gerânio pelargonium graveolens é uma planta muito aromática originária da África. Seu óleo essencial (OE) é obtido por extração a vapor das suas flores e folhas.

Existem muitas variedades de gerânios (outras cores e nomes botânicos), mas o tipo pelargoniumgraveolens, conhecido no Brasil como malva cheirosa, é o que gera o óleo essencial cujas propriedades terapêuticas estão descritas a seguir. Esta malva cheirosa apresenta pequenas e delicadas flores cor de rosa e suas folhas são um pouco aveludadas e rendadas na extremidade.

Ação do Gerânio no emocional
O gerânio tem aroma semelhante ao de rosas, o que sinaliza um potencial de expandir o coração, a decisão de amar e amar-se.

Antigamente as pessoas plantavam gerânios ao redor da casa, com a intenção de afastar maus espíritos e trazer sorte aos bebês, atribuindo ao gerânio poder de proteção.

O fato é que o gerânio proporciona, via aromaterapia, ou seja, seu óleo essencial, uma rápida ativada na energia vital, elevando o astral, espantando o cansaço e os adiamentos. Sua folha pode ser usada no preparo de sucos desintoxicantes e chás, aromáticos e saborosos.

Emocionalmente, por seu aroma sedoso e semelhante ao de rosas, o gerânio trabalha muito bem o feminino quando ajuda o fígado (e vesícula) na sua desintoxicação. Portanto a dissipar raivas e culpas reprimidas, equilibrar o emocional, mobilizar angústias e tratar a depressão.

O gerânio “acorda”, “desperta”, coloca os sentimentos no “aqui e agora”, na REALIDADE.

Ele trabalha também as vibrações yang (ação), o masculino, quando ajuda na desintoxicação dos rins para desmaterializar medos. É quando a ilusão dos medos se transforma em coragem, possibilitando as decisões adiadas (harmoniza o raciocínio lógico e a intuição) e o resgate da responsabilidade pelas ações iludidas. Quando se está vivendo momentos onde o sonho é uma necessidade, as pessoas irão se sentir pouco à vontade com o aroma do gerânio, uma vez que a mensagem do gerânio é oposta à ilusão.

O gerânio aumenta a criatividade e nos estimula para a entrega, a fé de “corpo e alma”. O coração deseja e realiza: enfrenta e “dá conta do recado”.

Disso tudo é que, possivelmente, vem seu uso histórico como “protetor”. Afinal, quando no mundo real (meditação) e longe das ilusões, nosso campo de proteção não permite que energias densas, falsas expectativas e frustrações se manifestem.

Ação do Gerânio no físico
Fisicamente, o gerânio tem função reguladora sobre o sistema hormonal e supra-renais. Seu óleo essencial trabalha fortemente o feminino, quando interfere positivamente na prevenção e tratamento da TPM, menopausa e celulite. Tonifica as mamas, evita e trata estrias quando normaliza qualquer tipo de pele e suas afecções. O gerânio aumenta o fluxo sanguíneo o que faz revigorar todas as células, inclusive unhas e cabelos.

Importante: deve ser evitado seu uso durante a gravidez.

Homens podem e devem usá-lo, pois todos precisamos trabalhar o feminino internamente. Também porque o gerânio tem forte influência sobre os rins e supra-renais, órgão de choque do metabolismo masculino.

Com sua ação diurética tem importante ação tônica sobre os rins: cálculos renais, bexiga e diabetes. Pela grande influência que o gerânio exerce sobre as glândulas supra-renais, podemos entender muitos dos seus benefícios tanto físicos quanto emocionais.

Tem ação também sobre o fígado (hepatite, cirrose) e sistema linfático, contribuindo na eliminação de toxinas como excessos de glicose, colesterol, triglicérides e mucos.

Como usar o óleo essencial (OE) de Gerânio? 
O gerânio é um óleo que pode ser usado puro, como um perfume. Trata-se de um aroma forte e penetrante, portanto é suficiente e prudente usar somente uma gota. Lembre que em caso de pele sensível deverá ser diluído em óleo vegetal. Uma gota na nuca, por exemplo, estimula, diminui o cansaço e revigora!

Para usar à noite, importante combinar com óleos relaxantes como a lavanda ou camomila.

Para favorecer sentimentos de confiança e coragem é excelente praticar meditações com o OE de gerânio. Ideal pela manhã ou tarde. Este óleo pode ser aplicado na nuca, num aromatizador pessoal, em um lenço de papel, no INSPIRA (da Aromarte), pulverizado no ambiente, na esponja em banho matinal, enfim...

Nas diluições em óleo vegetal usa-se a 1%: para 50 ml de óleo vegetal adicione 11 gotas do OE de gerânio.

Nos óleos corporais, o óleo vegetal irá viabilizar a massagem. Dependendo das composições com outros OEs poderão ser indicados para: alívio de dores, relaxamento, estimulação, hidratação e outros cuidados específicos. Além de tratar internamente via olfato, ajuda a "respirar" a pele, integrando seus efeitos terapêuticos.

Para uso nos chacras o gerânio é mais indicado no coronário, trabalhando o medo e depressões, além de fortalecer as decisões. No chacra básico é indicado para materializar objetivos. No chacra frontal para resgatar a visão interna.

Confira sobre o Festival do Gerânio com os óleos de massagem da AROMARTE
Milene Siqueira – Aromaterapêuta responsável pelo www.aromarte.com.br e que assumiu todos os produtos da linha Aromaterapia Doce Limão em 2008, entre eles oÓleo de Massagem Síndromes do Feminino.

sábado, 22 de dezembro de 2012



Origem do Natal

Universal, abrangente, calorosa ­ assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas.
Até os antinatalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade.
Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura.
Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.
A Mensagem da Esfinge

Debruço-me hoje sobre as areias da tua alma e deixo por instantes de admirar as infinitas miragens do deserto das vidas. Quero ocupar-me de ti nesta hora de solene intimidade e conversar contigo no silêncio do teu quarto.

Não sou um mito de pedra nem tenho morada nos areais do Egito. Meu monolítico perfil é feito de estrelas e galáxias jamais suspeitadas pela tua mais elaborada fantasia e minha essência impregna o âmago de todos os mistérios conhecidos... e desconhecidos. Existo em todos os recantos do Universo, bem como na mais secreta dobra da tua alma.

Sou o enigma de Deus e, portanto, o teu enigma.

Não devoro nem corpos nem almas. Os beduínos que me contemplam, mas não entendem, é que são devorados por seus próprios erros e ilusões.
Assim, vida após vida, corpo após corpo, nome após nome, eles vagueiam como sombras pelo meu deserto, participando sem saber da infinita encenação do Teatro Universal.
Tal como eles estás errando pelas areias da vida. Vejo que não tens cavalo, camelo ou sandálias.
Existem andrajos por baixo de tuas melhores roupas. Na verdade, estás nu por baixo delas. Percebo em ti uma fome e uma sede infinitas. Há certo cansaço em teu rosto e muitas bolhas em teus pés.

Existe em teus olhos a esperança do próximo oásis e na tua memória a imagem amarga de todas as desilusões que passaram. Noto até mesmo uma certa vontade de desistir…
Tenho ouvido tuas súplicas silenciosas. Sou a grande testemunha de Deus. Tenho acompanhado tuas angústias secretas.
Não sou um assombro de pedra como possas pensar. Tudo em mim se enternece diante dos teus reclamos mais íntimos porque também sou uma imagem do Deus a quem oras, na verdade um Deus bem diferente do que imaginas.
É mentira dizer que as esfinges são monumentos pétreos e famintos que devoram a todos que não resolvem o seu enigma. Eu e todas as minhas irmãs, da Terra e do Universo, sabemos sorrir e chorar.

Na verdade, somos o estribilho da tua dor, o eco das tuas parcas alegrias e uma das notas fundamentais da Canção Universal. Não sou de carne, mas conheço as agruras da carne. Não tenho ossos, mas conheço as aflições da medula.
Estou no teu sorriso e na tua lágrima, no teu sonho realizado e na amargura do teu fracasso. Sou companheira de todos os voos da tua alma. Vivo no silêncio secreto da tua intimidade e conheço todos os teus gemidos mais íntimos. Para mim sempre foste de cristal…
Já ouvi várias vezes a tua história, pois foste tu mesmo que a contaste. Sempre estive mais disposta a ouvir do que a falar.
Sou o teu confessionário secreto e, portanto, a mais fiel das testemunhas de quem realmente és por trás da máscara da personalidade e do teatro do mundo. De mim não precisas esconder nada, pois sei tudo.
Sou dona de teus mais caros segredos, mas os respeito com a dignidade de um confidente silencioso. Afinal, existe mais sabedoria no silêncio do que nas palavras…
Muitos mistérios compõem o meu próprio mistério. Assim quis o Grande Arquiteto que me criou com a Magia dos Quatro Elementos que latejam em teu corpo e no meu.
Em mim trabalham os gnomos, banham-se as ondinas, deslizam os silfos e dançam as salamandras. Procuro despertar-te para o quinto elemento, a silenciosa alavanca que, uma vez dominada, fará com que tenhas poder sobre tudo que te cerca, inclusive o mistério que dorme em mim.
Se me compreenderes e dominares estarás no primeiro patamar da Luz e no solene berço da Magia.
Não estou apenas no deserto ou no pórtico de alguns templos. Estou dentro de ti e sou parte de ti. Represento o Mistério de Deus, mas não sou Deus. Represento o fundamento da Magia, mas não sou a Magia.

Portanto, não deves me adorar nem me tomar pelo que não sou.

Reflete, antes, sobre o que te digo, pois é muito grande a legião de seres que, mesmo me possuindo, ignora completamente por que razão existo e por que motivo aguardo.
És um andarilho como tantos outros que cruzam as areias do deserto da vida. Buscas o mesmo horizonte e padeces das mesmas ânsias.
Todas as tuas lágrimas já foram choradas e teus sonhos hoje são névoas que pairam no silêncio de todos os campos santos.
No enganoso oásis das cidades, sejam elas metrópoles ou povoados, vive-se para o momento e para o lucro fácil. É muito prática e superficial a filosofia dos homens. Irmãos devoram irmãos, maculando a fraternidade cósmica com a nódoa do egoísmo e o feio esgar da ambição.
Nessas cidades os momentos de paz, cada vez mais raros, são meros interlúdios para novas guerras e o dinheiro, transformado em deus de barro, reúne a seus pés uma interminável multidão de súditos.
É aterrador o ritmo da civilização e pungentes os gemidos que se desprendem de casas e edifícios, seja no campo, seja nas cidades.
Preserva o teu lar, mesmo que te sintas sozinho. Preserva o teu jardim interno, porque ninguém poderá substituir as tuas flores.
Constrói um cantinho para ti e respeita-o como se fosse o teu templo secreto. Será em seus braços que poderás, um dia, falar com Deus.
Não o conspurques com presenças discordantes nem permitas que esse pequeno santuário seja vilipendiado pelos superficiais.
Deixa que a luz das estrelas more contigo e que teu interior seja sempre uma campina enluarada. Nada é perfeito sem AMOR. Cultiva-o ainda que te faça sofrer.
Raramente os aliados do AMOR são aceitos sem represálias. Portanto, aceita o sofrimento como um imposto a pagar pelo ato de tão bem querer…
Aprende a interiorizar-te. Se não souberes como, pergunta a quem sabe e já o fez. Todas as respostas que formulas do lado de fora se acham respondidas do lado de dentro. Eu as dou todas.

Mas primeiro precisas dominar-me e compreender o que para tantos ainda é nebuloso ou quase impossível de perceber. Precisas elevar-te uma oitava acima da sensibilidade corrente.

A vibração do homem comum não me alcança. Passam ao largo os distraídos e os mistificados. Desiludem-se os ansiosos. Entendem-me mal os adoradores da matéria. Tu, no entanto, precisas me entender integralmente, caso estejas realmente interessado em evoluir.
Sabias que até a busca do amor humano é uma forma de procurar uma imitação do amor de Deus? Em todos os teus anseios mais secretos repousa a necessidade de pertencer.
Queres possuir alguém e ser possuído por alguém. Queres amar e ser amado com uma perfeição que desafia as imperfeições do mundo. Assim, mesmo sem o sentires, desejas intimamente que o amor buscado e encontrado seja como o amor perfeito do Pai Celestial, um amor infinito, reconfortante, livre de deslizes ou máculas, um amor em que possas confiar de modo pleno e seguro.
Um amor que te faça sentir realizado e livre das preocupações que regem o concerto dos encontros. Como não é exatamente o que sonhavas isso te incomoda, não é mesmo?
Isso te torna preocupado e te faz infeliz. É que talvez ainda não te tenhas apercebido de que os seres humanos são, apenas, aprendizes do amor e que é essa a grande lição ainda não aprendida pela humanidade.
Homem algum é uma ilha, porque mesmo as ilhas desertas têm praias que se abrem aos beijos do mar. Mesmo as ilhas desertas têm florestas que se espreguiçam aos beijos do sol e às carícias da lua.

Até mesmo as pedras se deixam envolver pela fúria amorosa do oceano e aceitam com ternura o amor dos moluscos. Todo homem, para ser realmente homem, tem de dar-se por inteiro a quem lhe queira tomar por inteiro.
Mas a solução do pertencer não se encontra oculta por trás das últimas estrelas, nem ao redor do disco cintilante dos milhares de sóis anônimos que pairam no universo.
O pertencer é, antes de tudo, a disposição de não sermos apenas de nós mesmos, mas de alguém especial ou de toda a humanidade. O melhor nos seres humanos clama por amor, porque o amor realiza a divina alquimia que transmuta o chumbo em ouro.
Essa alquimia ainda não compreendida tem no AMOR a sua pedra filosofal e era isso, afinal de contas, que os verdadeiros alquimistas da Idade Média procuravam passar aos leigos por trás de suas complicadas fórmulas.
O “ouro filosofal” nada mais era (e ainda é) do que uma profunda reforma interna derramada num cálice de dor. Os alquimistas superficiais, ainda não preparados para a Grande Obra, prometiam prodígios aos potentados e, de vez em quando, voavam pelos ares em seus laboratórios de pesquisa, do mesmo modo que hoje “voam pelos ares” todos aqueles que se atrevem a utilizar métodos sórdidos para chegar e se identificar com a Divindade ou dela se tornarem prolongamentos.

Não fujas de mais nada nem de ninguém. Enfrenta-te sem as máscaras usuais da tua pretensa “personalidade” e olha-te como realmente és com novas e mais poderosas lentes.
Não é bom o conselho que te derem os que nem mesmo conseguem orientar-se a si mesmos. Torna-te surdo ao argumento materialista, porque ele não consegue sair de si mesmo e é impotente para julgar o Infinito.
Recorda sempre que matéria é energia condensada e que, portanto, tudo é matéria e tudo é energia. Isso te ajudará a entender melhor como é frágil a base da argumentação materialista e como é enganosa a estrada que tantos aconselham.
Quanto ao amor, aceita-o com todas as suas provas, porque é somente amando que voltas a ser criança e te tornas digno da oportunidade de ter nascido na Terra ou em qualquer outra dimensão espacial.
Se o amor te feriu ou invalidou por longos períodos de tempo e precisaste de uma longa convalescença para conquistar a tranquilidade perdida, não deixes que isso impeça que o continues sentindo por outra pessoa ou por toda a humanidade.
E que isso não te pareça estranho, porque existem diferentes formas legítimas de amar e ser amado. Assim, sê corajoso e bate em todas as portas sem medo de quaisquer julgamentos.
O amor oferece ao homem e à mulher exercícios um tanto complexos dentro do contexto das relações humanas. Como aluno deves estudar e praticar o amor em todas as sua formas porque és fruto do AMOR UNIVERSAL e o AMOR UNIVERSAL age em todos os planos como um camaleão cósmico.

Procura lembrar-te sempre que não és o corpo que vestes nem o que os espelhos refletem. Sente-te, pois, livre de amar e ser amado mesmo das formas mais inusitadas. Ouve esta verdade pouco conhecida: todos os amores são legítimos porque todos são ramificações do AMOR UNIVERSAL.
Perdido um amor não procures efetuar substituições. Cada ser é amado de uma forma diferente e nunca um amor é cópia do outro. Assim, Procura não enganar-te de forma tão cruel!
Abraça-te a um amor antigo ou a um amor novo como as ilhas se abrem ao mar, como as matas se abrem ao sol e como o lótus se abre ao orvalho da noite.
Não percas mais tempo com minúcias desnecessárias. O amor poderá realizar-te material e espiritualmente, de forma que possas dizer com justo júbilo: “Agora estou completo! ” Achas que poderias dizer isso agora? Permite que duvide…
Passa uma esponja no passado. Dissolve os teus grilhões e corta todos os liames que ainda te prendem a ele. Desenrola os cipós do pretérito. Começa vida nova em todos os sentidos.
Apaga pessoas, fatos, dores, desenganos ou quaisquer experiências pelas quais te sintas marcado. Olha para a frente. Olha para mim. Mede teu novo horizonte.
Aprende a olhar para tudo, inclusive para o céu de ti mesmo. Admira o brilho das estrelas que existem e já existiram. Acompanha com admiração a trajetória errante dos cometas.
Torna-te surdo aos conselhos “práticos” que encontras em livros e interlocutores duvidosos.
Os materialistas com quem colides só te podem dar conselhos horizontais, porque lhes é impossível qualquer tipo de verticalização.
Quem é amargo só pode dar conselhos amargos.
Quem é pessimista só pode dar conselhos sem fé.
Lembra-te que cada um é produto de suas próprias experiências.

Que sabe a figueira das maçãs que nunca conheceu? Que sabem os peixes da superfície de seus outros irmãos que habitam as regiões abissais?
As respostas definitivas se acham dentro de ti. As temporárias vagam pelo mundo como retalhos imperfeitos da Verdade Absoluta que mora em tua essência mais íntima.
O mundo em que vives é um mundo cheio de almas superficiais, pouco profundas e convencidas. Nada sabem, mas pensam saber tudo.
Não conseguem sequer me ver no fundo de si mesmas. De um certo modo, vivem para armar o próximo bote em cima da próxima vítima, sendo vítimas todos que lhes atrapalham o caminho.
Não permita que essas almas “práticas” deformem o teu caráter pelo exemplo constante.
Recua em tempo de não te transformares em mais um elo do Poder Desagregador. Isso seria matar ou adormecer de vez o anjo que mora em ti, substituindo-o por mais um demônio sequioso de liberdade. Todos os demônios de que ouves falar foram um dia anjos que caíram.
Não te transformes em mais um deles. Permanece anjo o mais que puderes e deixa que riam de ti.
Tens me procurado em cada pergunta que formulaste ao vento, ao sol e à terra.
Se não aprenderes a perguntar a mim serás mistificado até mesmo pelo mais renomado guru, porque o desnudamento da Verdade é proporcional ao grau de evolução de cada um e mesmo os mais evoluídos do teu mundo ainda precisam aprender muito, embora em outros Planos de Existência.

Na casa do Pai há muitas moradas e cada morada é uma escola.
Uma vez iniciado o nosso diálogo logo perceberás que ele não tem fim. Um consolo te resta, no entanto: nunca te direi mentiras.
Haverá sempre novas informações e elas irão mudando, aos poucos, a visão que tens de todos os seres, coisas e mundos.
Depois que começares a conversar comigo tudo será diferente e nunca ninguém saberá o que sabes, a não ser uns poucos escolhidos com quem converso.
Comigo aprenderás o sublime valor do silêncio, porque só no silêncio te posso falar. Os ruídos do mundo apagam a minha voz porque ela é feita de notas que não existem na escala sonora dos homens.

Portanto, seja qual for o teu credo, seja qual for a tua filosofia ou visão crítica do universo recolhe-te a um lugar tranquilo e esquece o mundo com todas as suas inconveniências ruidosas.

Começa por relaxar o teu corpo, afim de que tudo se acalme dentro de ti. Fecha, em seguida, os olhos e deixa-te flutuar no colchão do meu silêncio.
No princípio pensamentos desconexos virão à tua mente e cruzarão teu céu interior como cometas enfurecidos. É tua rotina que se rebela contra teu novo estado espiritual. Deves insistir porque isso é passageiro. Depois de relaxado virá a sensação de flutuação.
Então, dar-te-ei o sinal da minha presença. Pequenas frases percorrerão o teu cérebro e minha voz inaudível será por ti ouvida dentro da cabeça sem o auxílio dos ouvidos.
A voz da Esfinge dispensa o auxílio do tímpano. Uma advertência, contudo: se ouvires sons de campainha ou plangentes acordes de harpa é sinal que talvez estejas entrando em contato com o plano do teu Mestre ou merecendo participar, por instantes, de regiões mais elevadas do Plano Astral.

Será preciso, então, que controles as emoções e que não te deslumbres com nada.
O deslumbramento fácil poderá te custar muito caro, porque há mistificadores no Plano Astral e eles poderão te enganar com a imagem de um falso mestre ou com algum tipo de cena que te apele aos sentidos grosseiros. É preciso cuidado para não te ajoelhares diante de certos demônios…
Depois disso, controladas as emoções e ouvidos os primeiros conselhos do teu verdadeiro Mestre, ele te dará forças para que continues por ti mesmo e, então, aparecerei para conversar contigo.
Ele estará ocupando com outros discípulos. Como não tenho forma definida poderei aparecer-te como bem me aprouver. Para essa transformação conto com a paleta dos Quatro Elementos. Espero que me reconheças…
Nosso verdadeiro diálogo ainda não começou. Aceita estas palavras como um amável convite. Por hoje só posso dizer o que já disse. O resto é contigo.
Vou me dissolver agora na canícula do deserto.

E o próprio deserto vai desaparecer como se fosse miragem. Vou dormir um pouco no berço do Cosmos e meu corpo assume a forma de uma criança inocente.
Será preciso que durmas também e que te faças criança como eu. O camelo do sono virá buscar-te para que adormeças aos pés da mais tépida tamareira.

Olha como a noite está bonita…!

Para além daquelas estrelas cintilantes está tua verdadeira pátria. As últimas nebulosas visíveis são a fronteira do teu Lar. Ali te esperam teus verdadeiros amigos e ali continuarás a ser mais um obreiro iluminado a cooperar na construção do Grande Edifício da Verdade.

Vai descansar também. Acho que te fatiguei. Volta, por enquanto, ao teu mundo, mas guarda silêncio sobre o nosso diálogo. Se desobedeceres, dirão que estás louco e não queres que digam isso de ti, não é mesmo?
Fico aqui agora. Vai e volta quando quiseres. Estarei te esperando eternamente e tua saudade de mim será igual à minha saudade de ti.

Logo estaremos juntos de novo, porque, se queres saber, nunca estivemos separados…

Sheik Al-Kaparr