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ESPELHO DA ALMA*LINGUAGEM DA LUZ

quarta-feira, 13 de março de 2013

Tarologia e ciência: existe um abismo entre nós
Ricardo Pereira
 
 
"A ciência só pode determinar o que é, não o que deve ser, e fora de
seu domínio permanece a necessidade de juízos de valor de todos os tipos."
Albert Einstein
 
Há uma crença quase geral de que o conhecimento advindo da ciência merece amplo crédito devido ao seu significativo grau de certeza e segurança, distinguindo-se em relação aos demais tipos, principalmente em relação ao conhecimento popular ou do homem comum.
Deusa da Ciência
Deusa da Ciência
Entrada da UFRJ,
Campus da Praia Vermelha, Brasil
 
Nesse contexto, teorias, métodos, técnicas, produtos de várias naturezas contam com o reconhecimento unânime das pessoas se forem comprovadamente científicos.
Por outro lado, muitos saberes, disciplinas ou áreas do conhecimento humano esbarram, desde o século XVII, nos critérios que precisam ser satisfeitos para que sejam consideradas aceitáveis ou "científicas".
Hoje no Brasil, nenhum novo curso de graduação universitário, por exemplo, poderá ser fundado e aberto à sociedade se a nova disciplina constituída do seu objeto de estudo não já tenha sido, pela comunidade científica, reconhecida como ciência.
Esse artigo não se propõe a um aprofundamento no conceito de ciência em suas várias vertentes, nem tampouco discorrer sumariamente sobre a visão dos filósofos ou dos cientistas sociais nesse âmbito. E nem discutir os méritos de Bacon, Galileu e Descartes nesse tema.
Nem pretende discorrer sobre a história da ciência galgada no fato de que o pensamento científico possui origem na Grécia antiga com os pensadores pré-socráticos.
Desse mesmo modo, não possuo o objetivo de aprofundar-me em abordagens sobre a marginalidade imposta aos saberes antigos como a astrologia e a alquimia, outrora tidas como ciências, nem sobre os motivos que as levaram a não resistiram aos critérios que passaram a ser exigidos às ciências no decorrer da revolução científica na Europa, mas sim, buscar, em umas poucas  teorias  contemporâneas  sobre o tema,
as quais considero relevantes, uma luz sobre o abismo que separa o saber “tarológico” da ciência moderna dos objetos e dos objetivos, sistemática, factual, realista, contingente, metódica e racional fundada nas antigas universidades ocidentais européias e sustentada ainda nos dias de hoje através de seus evidentes aprofundamentos, avanços de pesquisa e resultados concretos.
Não quero também aqui me deter ao fato de que a ciência resolve ou não resolve tudo, se tem, ou não, respostas para tudo o que compõe as realidades material ou espiritual ou se ela distanciou-se dos mitos, da cosmologia ou das religiões, pois, defendo que adentrar nessa seara não nos dará a objetividade necessária para discorrer sobre o abismo que separa a "tarologia", da ciência, assim como não pretendo esgotar aqui tal discussão.
O fato é que, hoje, para uma área qualquer possuir ostatus de ciência precisa, antes de qualquer coisa e fundamentalmente, possuir um objeto (aquilo que se estuda, investiga, pesquisa) definido, modelos paradigmáticos e princípios gerais que a fundamente (teorias, leis, dentre outros), devendo, ainda, permitir o entendimento racional e objetivo de sua funcionalidade por meio da formulação de problemas, hipóteses, experiência ou análise no mundo real, amparada e tendo como diretriz o "método científico", cujo ciclo possui os seguintes elementos:
1) Observação: sistemática e controlada dos fatos que envolvem um problema, o qual é o ponto de partida de uma pesquisa científica;
2) Fatos: devem ser objetivamente verificados e permitirem a elaboração de hipóteses;
3) Hipóteses: devem ser testáveis e falseáveis a fim de produzir uma teoria científica;
 
A Lógica no Tarocchi de Mantegna
XXII Loica ou Lógica
no Mantegna Tarocchi (1480?)
In: Raven's Tarot Site
4) Teoria científica: deve ser composta de um conjunto indissociável de fatos e hipóteses harmônicos entre si, devendo, ainda, gerar implicações, conclusões, previsões;
5) Implicações, conclusões, previsões: devem permitir experimentos inseridos em análises lógicas que permitam novas observações, estudos e investigações que resultem em novos fatos ou em novas teorias;
6) Novos fatos: precisam ser aferidos ou avaliados no sentido de se constatar se os resultados corroboram com a teoria ou área a qual se busca estabelecer o status de ciência.
7) Ratificação de ciência: em caso positivo de os resultados corroborarem com a teoria, a área ou teoria é validada como ciência, é documentada e reinicia-se o ciclo; em caso negativo, se houver divergências entre fatos e hipóteses (verificadas com a aplicação do princípio da falseabilidade de Karl Popper) de uma pretensa teoria científica ainda lhe é permitida a reciclagem de hipóteses e o ciclo reinicia-se, até chegar-se a uma conclusão se ela é, de fato, ou não ciência, se for verificado novamente que não é, será refutada e abandonada.
O metodo científico
O método científico
In: ESPÍRITO SANTO, A. do. Delineamentos de metodologia científica, 1992.
Segundo Gleiser (2003) "[...] no método científico, uma teoria criada por um cientista é testada por outros cientistas, até todos terem certeza de que a teoria está mesmo correta".
Nesse caso, evidencia-se a necessidade de todo o procedimento da pesquisa sobre determinada teoria ser documentada. Devem, nesse sentido, serem registradas as fontes de dados utilizadas e descritas as regras de análise para que sejam passíveis de novos testes, novos experimentos e falseabilidade por outros cientistas que deverão verificar a confiabilidade dos resultados.
Os produtos do método científico são os artigos, as monografias, as dissertações, as teses, um livro reconhecido pela comunidade científica, os quais se diferenciam das obras literárias ou dos textos escritos nos moldes da retórica ou do uso da linguagem eloquente como instrumento de persuasão.
Os atributos da ciência
Atributos da Ciência de Jean Baptiste Simeon Chardin,(1699-1779)
Jaquemart-Andre (Paris, France) - In: http://www.artrenewal.org
Nesse sentido, pode-se afirmar que o pensamento científico moderno vem se sustentando sobre pilares e fundamentos, que remontam a evolução histórica da concepção e do ideal do que seja uma ciência, são eles:
1º Pilar - Fundamento do objetivo: a ciência objetiva uma  compreensão da natureza em sua realidade e totalidade;
2º Pilar  - Fundamento da unicidade: a ciência, assim como a natureza é única;
3º Pilar - Fundamento naturalista: a natureza jamais dever ser abordada e descrita por meio do uso do sobrenatural;
4º Pilar  - Fundamento da falseabilidade: basta a ocorrência ou observação de um fato novo para que uma pretensa teoria seja reciclada ou abandonada.
Observa-se, no entanto que um dos produtos da ciência, o conhecimento científico é  algo contingente, pois suas hipóteses, segundo Lakatos e Marconi (1991):
[...] "têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão, sendo o saber ordenado de forma lógica, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos".
Uma perspectiva não absoluta da ciência vem de encontro a ideia de Bachelard (1977) sobre o fenômeno de ruptura inerente  à ciência, a qual foi capaz, em pleno século XX, de desconstruir o método científico tradicional, empírico, somando a ele o racionalismo, marco essencial do "novo espírito científico", o qual atua na dialética entre a experiência e a teoria, em um processo contínuo de destruição de construções passadas, visando abrir lugar às novas construções.
Tal mudança ideológica da ciência encontra o seu ponto de partida nos primeiros cinco anos do século XX, com a divulgação da “teoria da relatividade” formulada por Albert Einstein e na “teoria da falseabilidade” de Karl Popper elaborada em 1919-1920 quando ele formulou o problema pelo qual desejava verificar o que distinguia o método genuinamente empírico, do não-empírico ou mesmo do pseudoempírico - ou seja, do método que, embora se utilize da observação e da experimentação, não atinge padrão científico, concluindo esse pesquisador da ciência, como ele mesmo Popper (1980), afirma: "[...] que o critério que define o statuscientífico de uma teoria é sua capacidade de ser refutada ou testada".
Montagem da carta o Louco de Marty Yeager
“Abismo entre a Tarologia e a Ciência” (incidental)
O Louco no Yeager Tarot of Meditation, 1975 - by Marty Yeager
É exatamente na tentativa de confronto com os critérios demandados pela ciência que a tarologia fica dela evidentemente separada e distanciada por um imenso abismo, pois a ciência da razão e do real busca sistematicamente produzir modelos úteis da realidade que devem se erguer a partir da união indissociável de dois conjuntos, o de idéias e o de fatos, ambos necessariamente estabelecidos nos moldes científicos para formar uma teoria científica que beneficie a sociedade e os indivíduos, fenômenos esses desafiadores para a tarologia no que se refere a sua práxis ou mais especificamente durante sua ação prática ou aplicabilidade por meio de uma de suas subáreas ou especialidades, a "taromancia" (neologismo utilizado hoje para diferenciar o fazer profissional do tarólogo daquele do velho cartomante), que se constitui na prática de interpretação dos símbolos dos arcanos do tarô, com a finalidade de previsão de possíveis ocorrências e da transformação de algo ou de alguém por meio de orientação ou conselho com base na linguagem arcânica.
Mesmo com essa perspectiva ou fim nobre, tal especialidade da tarologia não consegue sustentá-la no âmbito da apresentação de evidências oficiais acerca de sua eficácia ou de seus "métodos" ainda não clara e sistematicamente definidos.
Embora em ciência não exista princípio ou conhecimento absoluto,  já que uma teoria científica não se prova e havendo novas evidências tal teoria estará sempre passível à falseabilidade, é exatamente no âmbito de seus fundamentos que a tarologia encontra o grande abismo que dela a separa, pois na taromancia, o seu funcionamento e resultados, ou seja, os prognósticos ou previsões por meio da operacionalização das cartas não podem ser refutáveis, aspecto esse evidenciado a partir da crença do tarólogo ou pesquisador do tarô preditivo de que  ele não erra as suas previsões, divergindo  e confrontando-se tal premissa com princípio da falseabilidade do método científico, o qual determina que se uma teoria não é passível de ser falseada não pode ser categorizada como ciência.
Segundo o pensamento científico vigente, o corpo de conhecimento que se pretende ciência necessita de um objeto passível a testes e experimentos, assim como de um método que direcione pesquisas, estudos e a construção de novos paradigmas ou conhecimentos em prol dos interesses e da evolução humana e social. Tal circunstância fez a ciência sustentar-se, ainda, sobre três eixos:
1) oposição homem-natureza: configurando-se a dicotomia, natureza de um lado e o homem de outro;
2) oposição entre sujeito e objeto: a qual deve resultar, em um processo de interação dialógica-dialética, em conhecimento; e
3) paradigma atomístico-individualista: tratando-se da transformação da natureza pelo homem de acordo com interesses ou necessidades.
Desse modo, compreender as relações do homem com a natureza e vice-versa, em sua totalidade, em uma perspectiva realística, constitui-se no principal objetivo da ciência. E qual é o objetivo da tarologia?
Não se pode responder a essa pergunta sem ao menos se buscar discorrer ou se obter um entendimento mínimo sobre o conceito de tarologia, o seu objeto, objetivo e os seus métodos de pesquisa conforme disponível, hoje, na literatura científica ou não-científica.
No âmbito da língua portuguesa é correto afirmar que o termo "tarologia" é um neologismo não constante dos dicionários, diferentemente do termo "tarô" cuja origem etimológica é incerta, assim como as cartas que o compõe, mas que se encontra presente na maioria dos dicionários ou léxicos dos muitos idiomas existentes no mundo.
É possível encontrar o termo "tarô" em diversas enciclopédias. Há inclusive uma enciclopédia  especializada  que  trata
 
Logica e Aritmetica no Tarocchi de Mantegna
XXV- Aritmética e XXIIII - Geometria
no Tarô de Mantegna(1480?)
In: Raven's Tarot Site - www.corax.com 
desse tema, como é o caso de "The Encyclopedia do Tarot", de Stuart R. Kaplan, em 4 volumes.
Quanto ao vocábulo tarologia, ele não consta, por exemplo, na Wikipedia, densa e famosa enciclopédia virtual escrita com a colaboração de seus próprios leitores, muito utilizada para pesquisa na Internet.
A bibliografia em língua portuguesa sobre o tema tarologia é escassa; quando alguém se depara com algum livro que menciona o termo, nada nele é discorrido sobre a sua origem, sobre quem o criou, não há clareza sobre o seu significado, ou seja, não há um aprofundamento conceitual.
Desse modo, prevalece, no mais das vezes, o modo simplista e vago de se afirmar que a tarologia é o estudo do tarô, de seus símbolos, de seus aspectos estruturais e de aplicações práticas, circunstância tal que pode fazer o leitor inferir que esse é um conceito empírico simplista, tão somente, de base ou fundamento universal ou global apreendido pelos estudiosos e praticantes da área dentro dos limites que delimitam esse saber e não um conceito científico.
Em língua inglesa não estão disponíveis apreensões ou concepções da área de tarologia nos moldes do pensamento científico.
Em italiano e em francês há alguns poucos trabalhos de pesquisa não-científicos em obras como "Origines et histoire du tarot: Le tarot médiéval - elementos de tarologie", de  Alain-Jacques Bougearel, que se encorajam timidamente a colocar o termo em seus títulos ou subtítulos, restringindo-se a discorrerem sobre a história do tarô, da cartomancia e da adivinhação, abordando-se alguns fundamentos ou justificativas para o funcionamento do tarô na aritmologia pitagórica ou na numerologia, por exemplo.
Jung
“Jung e o Tarô” (incidental)
Fotomontagem do autor desse
artigo com imagens do Google
 
Na internet é possível encontrar alguns textos em italiano, que vagamente buscam definir a tarologia como o "estudo do discurso sobre o tarô", valendo-se como fundamento para tal conceito das palavras que constituem o termo, ou seja, "taro", o próprio tarô em si reunido ao sufixo "logia", do grego "logos", o qual significa "palavra", "ciência", podendo significar, ainda, "discurso", "campo de estudo" ou um estudo de um assunto em particular.
Vê-se, portanto, que algumas obras escritas em idiomas latinos como o italiano ou como o francês, assim como em português, em sua maioria sobre o tarô e não sobre a tarologia, buscam definir o termo sem tratá-lo, por exemplo, como a "ciência do tarô" devido, talvez, a falta de bases que fundamentem tal perspectiva.
Nesse sentido, o que se lê com algum teor científico sobre o tarô em idioma estrangeiro, com destaque para outro idioma, dessa vez anglo-saxão, o inglês,  são menções transversais sobre ele em abordagens sobre diversas teorias de áreas científicas como a psicologia, muitas vezes com foco na obra de Jung e no seu corpo
de conhecimento sobre os arquétipos,  os símbolos universais, o fenômeno da sincronicidade não especificamente estudando-se o tarô "enquanto ciência" ou parte da tarologia.
Tal assertiva pode ser comprovada por meio das leituras das obras de autores e pesquisadores de Jung que associam alguns dos temas, estudados por esse cientista, como símbolos universais, arquétipos e sincronicidade, às abordagens sobre os elementos da adivinhação, do I Ching, do tarô, ou do uso do tarô como "instrumento auxiliar" à terapia psicológica. Nesse âmbito, podem-se citar alguns dos autores mais significativos: Art Rosengarten, Marie-Louise von Franz, Rose Gwain  e Sallie Nichols.
No Brasil, segundo Carvalho (2007), na década de 1970 do século XX passado "[...] M. Diego foi um dos primeiros a utilizar a palavra Tarologia no Brasil. Ele foi presidente da antiga 'Associação Brasileira de Tarologia – Quirologia e Estudos Místicos', em São Paulo".
Por outro lado, é possível se encontrar na literatura, geralmente, obras que destacam o tarô como um possível objeto para atuais, futuros ou outros estudos sobre temas a ele relacionados ou que em nada tem a ver com ele, por exemplo, e ele sendo, sempre, objeto de estudo de outras áreas  que buscam investigá-lo e explorá-lo em abordagens interdisciplinares do tipo "o tarô na perspectiva da química", "o tarô na visão da filosofia, da sociologia, da história, da antropologia ou da psicologia", "o tarô em uma abordagem matemática", "o tarô como um objeto de pesquisa da estatística", "o tarô e sua simbologia como um objeto de pesquisa da semiótica", "o tarô e a adivinhação analisados sob a luz da ciência moderna", parecendo que o assunto está a sustentar, nesses casos, as teorias à luz das quais ele é investigado, nunca se pesquisando ou estudando ele na visão ou perspectiva da pretensa tarologia.
Recentemente, um baralho de tarô denominado de "tarô científico" foi inventado em 2010. Tal obra foi concebida por divulgadores, artistas e fãs de ciência a partir da ideia da doutora em bioquímica e biofísica, a americana Raven Hanna, do escritor Martin Azevedo  e da comunicadora de ciências, Logan Austeja Daniel, que deixam claro que não acreditam na possibilidade de as cartas preverem o futuro, mas que isso não significa que uma releitura das  cartas do tarô convencional para o universo científico, por meio de desenhos que relacionem os significados das cartas a fenômenos conhecidos na ciência não seja algo relevante, para eles, pelo menos em sentido lúdico. Tal feito teve inclusive o privilégio de ser publicado, em artigo de autoria de Roberta Kwok, na revista The Scientist.
Desse modo, observa-se que nada é pesquisado ou escrito cientificamente ou de forma não-científica sob uma perspectiva da tarologia, muito menos com o auxílio de seus métodos de pesquisa e objetivos como reza a cartilha da ciência moderna e do seu criterioso método científico.

Tal abismo, separando a tarologia da ciência, faz emergir a necessidade de demonstração de como é construído o conhecimento nessa área e por quais métodos, assim como as evidências de como esse saber funciona, explicando-se racionalmente porque funciona, de acordo com os moldes científicos.
 
Teoria do Caos
7 de Bisturis ou de Espadas
“Teoria do Caos”
Science Tarot - Co-criação de Logan A. Daniel, Martin Azevedo e Raven Hanna 2010)
Tal imprescindibilidade instiga-nos à elaboração e a busca por respostas a partir de alguns dos seguintes questionamentos ou problemas:
1) o que é a tarologia?
2) qual o seu objetivo?
3) qual o seu objeto de pesquisa?
4) qual o seu método de pesquisa?
Fica, portanto, caro leitor, aqui pelo menos um ensaio de alguns problemas que a pretensa "ciência do tarô", os seus pesquisadores, estudiosos e profissionais poderão se debruçar, motivados por reflexões profundas sobre a tarologia, questionando cada um de seus aspectos, pesquisando-os em busca de respostas que lhe fundamentem o conceito, experimentando-lhes, testando-lhes, respondendo-lhes, resolvendo-lhes e registrando-lhes, de acordo com o que reza a cartilha do método científico, se assim quiserem ou ainda quiserem, nesse século XXI, que a tarologia venha a gozar de tal status de ciência,possibilitando assim, quem sabe, - não nos custa sonhar -, a construção sólida, se possível e viável, de uma ideia de projeto de ensino e formação superior universitária ou graduação no Brasil, sobre esse saber tão antigo.

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