Tarot~~Espelho da Alma~~

ESPELHO DA ALMA*LINGUAGEM DA LUZ

quarta-feira, 18 de abril de 2012


Transformation Tarot Card
Permanecendo Centrado

O monge e a prostituta

Onde quer que você esteja, fique centrado, torne-se mais alerta, viva de forma mais consciente. Não há nenhum outro lugar para ir. Tudo que tiver de acontecer, precisa acontecer dentro de você, e isso só depende de você.
Você não é um marionete, e as cordas que o sustentam não estão nas mãos de ninguém. Você é um indivíduo absolutamente livre. Se decidir permanecer nas ilusões, você pode ficar assim por muitas e muitas vidas. Se você decidir dar o fora, basta um único instante para decidir. Você pode deixar para trás todas as ilusões agora mesmo.

Buda estava em Vaishali, onde Amrapali viveu – Amrapali era uma prostituta. No tempo de Buda, na Índia, era comum que as mulheres mais bonitas de qualquer cidade não seriam permitidas casar com qualquer pessoa, pois isso irá criar desnecessário ciúmes, inveja, conflito, luta. Assim as mais belas mulheres tinham que se tornar nagarvadhu - esposas da cidade inteira.

Isso não era vergonhoso de maneira alguma; pelo contrário, elas eram muito respeitadas. Não eram prostitutas comuns. Só eram visitadas por aqueles muito ricos, ou reis, príncipes, generais – a classe mais alta da sociedade.

Amrapali era muito bonita. Um dia ela estava no seu terraço e viu um jovem monge Budista. Ela nunca tinha se apaixonado por alguém, mas ela sentiu-se subitamente apaixonada – um jovem de uma tremenda presença, percepção, graça. O jeito que ele caminhava... Ela desceu correndo e disse a ele, “Dentro de três dias a estação chuvosa vai começar...” Ela sabia que monges budistas não se movem durante quatro meses durante os quatro meses da estação de chuvas. Amrapali disse, “Eu lhe convido para ficar na minha casa durante os próximos quatro meses.”

O jovem monge respondeu, “Vou perguntar ao meu mestre. Se ele permitir, ficarei.”

O jovem monge foi, tocou nos pés de Buda e contou a história toda, “Ela me pediu para ficar os quatro meses na casa dela. Eu disse a ela que iria consultar meu mestre, então estou aqui... farei o que você disser.”

Buda olhou em seus olhos e disse, “Você pode ficar.”

Isso foi um choque. Dez mil monges... Houve grande silêncio mas muita raiva, muita inveja. Depois que o jovem saiu para ficar com Amrapali, os monges começaram a trazer fofocas todos os dias, “Toda a cidade está em rebuliço. Só se fala numa coisa – que um monge budista está na casa de Amrapali.”

Buda disse, “Vocês deveriam guardar silêncio. Eu confio no meu monge. Eu olhei nos de seus olhos – não havia nenhum desejo. Se eu tivesse dito não, ele teria se chateado. Eu disse sim... ele simplesmente foi. E eu confio na consciência dele, na sua meditação. Porque vocês ficaram tão agitados e preocupados?

Após quatro meses o jovem voltou, tocou nos pés de Buda – e com ele estava Amrapali, vestida como uma monja budista. Ela tocou nos pés de Buda e disse, “Eu dei o máximo de mim para seduzir seu monge, mas foi ele que me seduziu. Ele me convenceu pela sua presença e percepção que a verdadeira vida consiste em segui-lo.”

E Buda então disse para a assembléia de monjes, “Agora, estão satisfeitos ou não?” Se a meditação for profunda, se a percepção for clara, nada pode perturbá-la. Amrapali tornou-se uma das mulheres iluminadas entre os discípulos de Buda.

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