SEGUNDA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2011
DIVAGAÇÕES
Acho que fui feita para amar. Amo tão intensamente, de forma tão delicada que tenho a até medo. Tenho medo do amor que brota sem destino. Que amor é esse que brota?
É para a Deusa? Mas a Deusa já tem o meu mais profundo amor anterior a própria palavra porque anterior a origem e a semente. Este amor que me brota e que me é como um rio que corre é um amor a beleza e a delicadeza dos sentimentos. Não um amor a estetica, que é fútil e sempre acaba, mas um amor a essência profunda de vida que habita em nós.
Vida, terrível, bela e velha vida. Em suas bordas um pouco de esperança no centro muito dor, muito amor, muita força. Dos lados salpicamos algumas pessoas especiais, sem as quais a vida não teria sentido e perto do amor colocamos a listagem daqueles que nos são mais queridos. Na vida a um momento em que devemos aprender a nos respeitar e parar de esperar o elogio alheio. Expresse sem elogios e sem honrarias. Os grandes faziam isso e como eles eram meros mortais, creio que não é impossível. A vida a fundo me dá medo: Ela é por demais de intensa. Mas também não quero a vida mansa e sonsa da barata que ziguezagueia sem rumo, sem força. No fundo quero isso mesmo: quero o susto, o orgasmo, o medo, o divino, e antes disso quero me entender.
Não me entendo e não quero com essa frase tentar roubar Clarice Lispector. É que de fato não me compreendo bem e"ajo como se me entendesse" para sobreviver, ninguém sobrevive se não fingir que está se entendendo e assim entendendo o mundo. O Mundo é vida, Deusa em eterna transformação, Criadora , Poderosa, Sádia e tambem a Velha, a Morte, o fim. E assim toda a humanidade cultua sem saber este misterioso e invisível panteão de faces da Mãe que governam os ciclos. Não me importa se Eles invocam Javé ou Alá.
No fundo eles sabem, eles querem a vida.
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