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ESPELHO DA ALMA*LINGUAGEM DA LUZ

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MULHERES & DEUSAS: A MENTE HUMANA...E O CORPO DA MULHER...

MULHERES & DEUSAS: A MENTE HUMANA...E O CORPO DA MULHER...: "(…) Tenho estado para aqui muito caladinha, a ver o que vai sendo publicado e sem a mínima vontade de acrescentar prego ou estopa à constr..."Tenho estado para aqui muito caladinha, a ver o que vai se

A MENTE HUMANA...E O CORPO DA MULHER...



(…)
Tenho estado para aqui muito caladinha, a ver o que vai sendo publicado e sem a mínima vontade de acrescentar prego ou estopa à construção que se vai erguendo…
Dias de convalescença levaram-me a mergulhar ainda mais profundamente naquilo que neste momento considero o tema mais fascinan...te: a MENTE HUMANA, a forma como com essa ferramenta poderosa e sofisticada criamos a realidade em que vivemos. É fascinante e ao mesmo tempo, confesso, um bocadinho assustador… Quanta responsabilidade! É que o dilema instala-se. Se olho muito para os problemas, crio o efeito absolutamente perverso de atrair cada vez mais e mais problemas semelhantes, situações que vêm confirmar aquilo em que acredito. Mas, por outro lado, parece egoísta e infantil não olhar e não denunciar situações terríveis, desequilíbrios, abusos de que as vítimas podem não ter consciência e com a minha denúncia sem dúvida que as estou a ajudar… Então, como é que ficamos? Olhamos e desviamos o olhar; denunciamos e atraímos cada vez mais do mesmo?...
Só vejo uma solução: procurar a CURA e não o problema! Desejar com muito amor ver a situação curada e procurar por sinais disso. Tem de haver. Se não há é porque se calhar eu nem sei o que seria a cura dessa situação; eu não acredito nela e portanto ela nunca virá. Ou será que, como se diz em “Um Curso em Milagres” eu prefiro ter razão a ser feliz e então não quero que haja cura para continuar a ter razão?...
Luiza Frazão

“Só vejo uma solução: procurar a CURA e não o problema…”
- Eu penso que sem conhecer a causa do problema não pode haver cura…e precisamente porque se não procura a causa da doença nem dos muitos problemas de hoje as soluções são apenas remédios e não cura…e o círculo é vicioso; os doentes não podem sentir esse amor que a partida os podia curar…
Esta parece-me ser uma enorme contradição e fuga a este plano na Terra…

Por outro lado também eu às vezes não tenho certezas de nada...

Acho que passo por essas fases de dúvida e nem sempre tenho a garantia de que estou a ir pelo caminho certo. O que diz é perfeitamente plausível e já tive um dia essa posição… já percorri um caminho interior, individual, em que me era solicitado curar-me a mim própria, pela interiorização no meu ser, ocupar-me só de mim através dessa prática exclusiva...porque fazendo-o estava por suposto em contacto com a Fonte e com o amor cósmico e portanto a curar o mundo na medida em que absorvia essa paz…e essa devia ser a parte que nos cabia a cada um de nós...É uma visão da vida, uma fórmula, um processo, um ponto de vista talvez, não sei se uma proposta se uma escolha…
Eu pratiquei esse método durante mais de vinte anos e mantive-me fiel a essa via…e quando cheguei à Menopausa - à crise d a meia-idade - a Deusa manifestou-se de tal forma em mim que a minha vida mudou por força da revelação do arquétipo em mim.

MAS...não sei, nunca soube ao certo e às vezes tenho dúvidas, depois que optei por trilhar o Caminho da Deusa e da Terra Mãe, depois que optei por uma via de envolvimento-sofrimento com a matéria e com as entranhas da Terra e da mulher; não sei se assim sacrifiquei o verdadeiro caminho do SER para lá das lutas neste mundo, das suas diferenças e das suas leis naturais e humanas ou se neste caminho que trilho agora é um caminho em que posso ser útil, a mim mesma e neste caso também às outras mulheres...e portanto parece que optei por um caminho aparentemente exterior em vez de um interior…Embora todo o processo de vida se desenvolva dentro do ser…

Não, não sei se teria tudo a ganhar renunciando ao mundo como o vemos e a sua dualidade – um mundo que achamos que é passageiro e ilusório ou então um mundo em que co-criamos a nossa vida - e vivendo apenas no meu interior “em paz e amor” (até que ponto real) não precisaria mais dos outros nem de outros caminhos onde as encruzilhadas são muitas...
Há muitos anos que vivo este dilema. Mas como passei por essa experiência de dentro e durante alguns anos me recolhi num ashran e pensando que podia viver o resto da minha vida só a meditar e a fazer serviço desinteressado...a concentrar-me nessa energia dentro de mim através da meditação e em rigor, com disciplina, através do controlo da mente humana…sabendo que o mundo vive apenas esse sonho e que tudo o que vivemos aqui é ilusão…
Mas então surgiu-me a grande questão: será que o caminho dos Mestres é o caminho das Mulheres? Será que a via da Terra Mãe e de Gaia é o mesmo que o do Homem que procurou sempre voltar à Origem sem honrar a Terra Mãe e a Mulher e a Natureza e paulatinamente a destruiu, criando um inferno à sua volta…?
Pareceu-me e posso estar enganada que os Mestres falam de outra via, a ascética e árida, a da renúncia ao mundo, o caminho para o céu, e que a minha via não seria seguir nenhum mestre mas seguir a vida da Terra, sentir a Natureza e ser fiel a esse propósito pois nascemos nela e ela é uma manifestação da vontade divina criadora do mundo…

A Mãe exige sacrifício – sacrum fare – a Mãe exige a dor da separação (e isso sim é ilusão) nascer na terra, de dentro da terra e do útero, e o sofrimento é o seu resgate…Mas Sofrimento é Conhecer e quem hão experimentar não conhece!!! A Mãe exige o parir e dar fruto, do brotar da semente que gera alimento, à criança que nasce para a luz… e a Mãe é também a morte...e renascer e talves por isso a Mãe exige de nós mulheres uma completude de iniciadoras mães e amantes da terra e da Natureza…e então, se eu não enfrentar essa descida, o cisma antigo que dividiu o mundo prevalece…a divisão dos princípios prevalece e eu penso que se os escravos negros durante séculos foram escravos e hoje são menos, as mulheres meu deus….as mulheres eram escravas de escravos e continuam escravas dos seus senhores ainda hoje, sim escravas sexuais …e isso não lhes permite ser gente…portanto há um resgate da mulher…da verdadeira mulher antes de realizar a OBRA…
E para mim há fundamentalmente esses dois caminhos, sim a via da mão esquerda e da mão direita *…a do feminino e do masculino mas os homens e os Mestres apontam esse Caminho que é contrário e antagónico à Mãe e à Natureza. No paganismo as mulheres incluem os homens mas no caminho ascético os homens excluem as mulheres… Buda, Cristo ou Krisna, e outros pregaram o caminho da renúncia ao mundo e ao desejo …as mulheres foram votadas ao descrédito…E hoje as mulheres não sabem de si – não são mulheres - não encarnam a Shakti…como não encarnam a Deusa a Musa nem a Dama ou a Rainha e continuam a seguir o caminho que não é delas? Continuam a seguir o caminho dos homens…que as renegaram…ndo publicado e sem a mínima vontade de acrescentar prego ou estopa à construção que se vai erguendo…
Dias de convalescença levaram-me a mergulhar ainda mais profundamente naquilo que neste momento considero o tema mais fascinan...te: a MENTE HUMANA, a forma como com essa ferramenta poderosa e sofisticada criamos a realidade em que vivemos. É fascinante e ao mesmo tempo, confesso, um bocadinho assustador… Quanta responsabilidade! É que o dilema instala-se. Se olho muito para os problemas, crio o efeito absolutamente perverso de atrair cada vez mais e mais problemas semelhantes, situações que vêm confirmar aquilo em que acredito. Mas, por outro lado, parece egoísta e infantil não olhar e não denunciar situações terríveis, desequilíbrios, abusos de que as vítimas podem não ter consciência e com a minha denúncia sem dúvida que as estou a ajudar… Então, como é que ficamos? Olhamos e desviamos o olhar; denunciamos e atraímos cada vez mais do mesmo?...
Só vejo uma solução: procurar a CURA e não o problema! Desejar com muito amor ver a situação curada e procurar por sinais disso. Tem de haver. Se não há é porque se calhar eu nem sei o que seria a cura dessa situação; eu não acredito nela e portanto ela nunca virá. Ou será que, como se diz em “Um Curso em Milagres” eu prefiro ter razão a ser feliz e então não quero que haja cura para continuar a ter razão?...
Luiza Frazão

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