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O homem é dividido. A esquizofrenia é uma condição normal do homem -- ao menos no momento atual. Pode não ter sido assim no mundo primitivo, porém séculos de condicionamento, civilização, cultura e religião transformaram o homem numa multidão -- dividida, separada, contraditória... Contudo, pelo fato de essa divisão ser contrária à sua natureza, lá no fundo, escondida em alguma parte, à unidade ainda sobrevive. Porque a alma do homem é unitária, todos os condicionamentos, no máximo, só destroem a periferia do homem. O centro permanece intocado -- por isso é que o homem continua a viver. Mas sua vida tornou-se um inferno.
Todo o trabalho do Zen é voltado para o como desfazer-se dessa esquizofrenia, como desvencilhar-se dessa personalidade cindida, como descartar a mente dividida do homem, como tornar-se não-dividido, integrado, centrado, cristalizado.
Do jeito como você está, não se pode dizer que você é. Você não tem um ser -- é uma praça de mercado: muitas vozes. Quando você quer dizer "sim", imediatamente o "não" se apresenta. Sequer você consegue articular um simples "sim" com inteireza... Dessa maneira a felicidade não é possível; a infelicidade é uma conseqüência natural de uma personalidade dividida.
Todo o trabalho do Zen é voltado para o como desfazer-se dessa esquizofrenia, como desvencilhar-se dessa personalidade cindida, como descartar a mente dividida do homem, como tornar-se não-dividido, integrado, centrado, cristalizado.
Do jeito como você está, não se pode dizer que você é. Você não tem um ser -- é uma praça de mercado: muitas vozes. Quando você quer dizer "sim", imediatamente o "não" se apresenta. Sequer você consegue articular um simples "sim" com inteireza... Dessa maneira a felicidade não é possível; a infelicidade é uma conseqüência natural de uma personalidade dividida.
Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 3
Comentário:
O personagem desta carta traz um novo significado à velha idéia de "estar entre a cruz e a espada"! Mas é precisamente nesse tipo de situação que ficamos quando nos deixamos aprisionar pelo aspecto hesitante e dualista da mente. "Devo deixar que meus braços se soltem e cair de cabeça para baixo, ou deixar que as minhas pernas se soltem, e cair de pé? Devo vir para cá ou ir para lá? Devo dizer sim ou não?" E seja qual for a decisão que tomemos, sempre estaremos nos questionando se não deveríamos ter decidido do modo contrário.
A única maneira de sair desse dilema é, infelizmente, soltar os dois extremos ao mesmo tempo. Desse impasse você não vai conseguir sair valendo-se de fórmulas, pesando os prós e os contras, ou tentando resolvê-lo de alguma outra forma com a sua mente. Melhor seguir o seu coração, se lhe for possível ter acesso a ele. Se não tiver, simplesmente salte -- o seu coração começará a bater tão depressa que não haverá engano a respeito de onde ele está!
A única maneira de sair desse dilema é, infelizmente, soltar os dois extremos ao mesmo tempo. Desse impasse você não vai conseguir sair valendo-se de fórmulas, pesando os prós e os contras, ou tentando resolvê-lo de alguma outra forma com a sua mente. Melhor seguir o seu coração, se lhe for possível ter acesso a ele. Se não tiver, simplesmente salte -- o seu coração começará a bater tão depressa que não haverá engano a respeito de onde ele está!
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